A PARTIDA QUE O PALMEIRAS FOI O BRASIL
Camisa comemorativa utilizada pelos jogadores palmeirenses em 1965
Hoje é dia de lembrar uma data que não trouxe título ao Palmeiras, mas é motivo de grande orgulho para sua torcida.
O dia 7 de Setembro representa a Independência do Brasil (simbolicamente, pois Portugal apenas reconheceu essa Independência em 1825, quando tivemos que desembolsar 2 milhões de libras esterlinas emprestadas pela Inglaterra para que os portugueses o fizessem; mas isso é outra história), da inauguração do Estádio Mineirão e a data que o time todo do Palmeiras jogou como Seleção Brasileira contra o Uruguai. E quando digo o time todo, é o time de futebol, comissão técnica, preparadores físicos, roupeiros e tudo o que uma equipe tem direito. Aliás, foi também a única vez na história que a Seleção Brasileira foi comandada por um técnico estrangeiro, o argentino Filpo Nuñez.
O ano era 1965 e o alviverde foi escolhido para nos representar pois vivia grande momento na época. O time tinha o apelido de "Primeira Academia" e era o único que fazia frente ao Santos de Pelé e cia nos embates domésticos paulistas. O potencial desse time era tanto, que barrou outros dois times espetaculares na daqueles tempos e poderiam nos representar da melhor forma possível: o próprio Santos de Pelé e o Botafogo de Garrincha.
Sobre a partida, o Palmeiras foi a campo com Valdir de Moraes (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Valdemar (Procópio); Julinho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera), Ademir da Guia e Rinaldo (Dario). A Seleção do Uruguai era composta por Taibo (Fogni); Cincunegui (Brito), Manciera e Caetano; Nuñes (Lorda) e Varela; Franco, Silva (Vingile), Salma, Dorksas e Espárrago (Morales). O homem do apito foi Enápio de Queiroz.
Os presentes (oficialmente 45 mil espectadores, embora digam que o público se aproximou dos 100 mil) saíram satisfeitos com o que viram, pois o placar foi de 3x0 para o Brasil (Palmeiras), com gols anotados por Rinaldo aos 27, Tupãzinho aos 35 do primeiro tempo e Germano aos 29 da etapa derradeira.
Vale destacar que um troféu foi oferecido ao vencedor daquele jogo. O Palmeiras achou que devia deixá-lo a cargo da antiga CBD (hoje CBF), que também não ficou com o mesmo. Ele ficou no Mineirão por 23 anos até que finalmente foi entregue aos palmeirenses para que colocassem mais esse objeto em sua rica sala de troféus.
A história acima contada, é mais um dos motivos que fazem com que o torcedor palmeirense tenha orgulho de sua agremiação, pois esse grande clube, pelo menos por um dia, não foi somente Palmeiras. Foi o Brasil e o futebol brasileiro.
Referências:
1- <<Palmeiras representou o Brasil contra o Uruguai em 1965; relembre o jogo>>. http://www.palmeiras.com.br/noticias/id/11936. Artigo escrito por Felipe Kruger. Publicado em 12 de Junho de 2014. Consultado em 25 de Outubro de 2018.
2- <<Verdão e amarelo: Palmeiras comemora 52 anos do dia em que foi Seleção>>. https://globoesporte.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/verdao-e-amarelo-palmeiras-comemora-52-anos-do-dia-em-que-foi-a-selecao.ghtml. Artigo escrito por Globo Esporte. Publicado em 07 de Setembro de 2017. Consultado em 25 de Outubro de 2018.
3- <<MEMÓRIA: O dia em que o Palmeiras representou a Seleção Brasileira e deu um baile no Uruguai>>. https://www.verdazzo.com.br/o-dia-em-que-o-palmeiras-representou-selecao-brasileira-e-deu-um-baile-no-uruguai/. Artigo escrito por Verdazzo. Publicado em 04 de Março de 2018. Consultado em 25 de Outubro de 2018.
Mais uma bela matéria Paulo! 👏👏👏👏 eu como um bom Palmeirense fico orgulhoso rsrs...abraços e sucesso
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