EM 1996, A PORTUGUESA DERRUBA VÁRIOS GIGANTES E FICA COM VICE-CAMPEONATO BRASILEIRO
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| A Portuguesa, Vice-campeã Brasileira de 1996 |
Salve torcedor brasileiro!
Em 1996, a Portuguesa fez história no Campeonato Brasileiro. Àquela campanha não foi coroada com título, mas o vice-campeonato está guardado para sempre nos corações dos sofridos torcedores lusos.
Tudo começou um ano antes, quando a exemplo da parceria Palmeiras-Parmalat e guardada as devidas proporções, a Portuguesa firmou parceria com o Frigorífico Chapecó, de Santa Catarina, a fim de fomentar o seu futebol a nível estadual e nacional. Nesse ano, a Lusa começou o trabalho que culminaria com a grande campanha no Brasileirão da temporada seguinte, terminando em 4º lugar no Paulista e 10º no Brasileiro.
Para o histórico 1996, foi mantida a base do time, que perdeu o lateral Zé Maria para o Flamengo, mas contratou o goleiro Clemer, o volante Gallo e o atacante Alex Alves. Esses se juntaram a Zé Roberto, Capitão, Emerson, César e o promissor craque formado na base do clube, o atacante Rodrigo Fabri.
A parceria com o Frigorífico Chapecó foi encerrada e firmou-se acordo coma empresa Armarinhos Fernando. No Paulistão, a Lusa terminou com o 3º lugar, realizando grande campanha e ficando atrás apenas do São Paulo e do Campeão e histórico Palmeiras, detentor do ataque responsável por 102 gols naquela competição.
Para o Brasileirão, saiu do comando técnico do time Valdir Espinosa, que foi para o Corinthians e venho para substituí-lo Candinho, um dos maiores treinadores da história do clube.
Durante o Campeonato, a Lusa alternou altos e baixos, tendo inclusive que cumprir punição de mando de campo porque sua torcida atirou objetos no gramado em empate com o Vitória por 2x2 no Canindé. Punição que foi cumprida nas últimas rodadas da primeira fase da competição.
Vale lembrar que naquela época, o Brasileirão tinha a primeira fase com todos se enfrentando em turno único para se conhecer os oito melhores que disputariam os mata-matas, a partir da fase quartas de final. Na última rodada, no Estádio Couto Pereira, em Curitiba, para um público de apenas 423 pagantes, a Portuguesa venceu o então Campeão Botafogo por 4x1 e conseguiu a classificação em 8º lugar, graças a uma improvável combinação de resultados que acabou acontecendo.
Nas quartas de final, os lusitanos enfrentaram o melhor time da primeira fase, o Cruzeiro. Após vitória de 3x0 no Morumbi e derrota de 1x0 no Mineirão, a passagem para fase seguinte estava assegurada.
Na semifinal, outro clube mineiro, o Atlético MG, com vitória de 1x0 no Morumbi e empate com placar bailarino no Mineirão por 2x2. A Lusa chegava pela primeira e única vez até hoje na final do Brasileirão. E pela frente, teria o poderoso Grêmio de Luiz Felipe Scolari.
O primeiro embate da final foi marcado por diversos problemas extra-campo, pois caiu um dilúvio na capital paulista horas antes do jogo e a Portuguesa chegou atrasada no Morumbi, atrapalhando seus últimos preparativos para o confronto. Ainda assim, o que se viu foi uma grande atuação lusitana, que através dos tentos marcados por Gallo da falta e Rodrigo Fabri, abriu boa vantagem para o duelo decisivo de Porto Alegre, que aconteceria quatro dias depois.
Na capital gaúcha, infelizmente, a história foi diferente. Paulo Nunes, aos 2 minutos, abriu a contagem e como o regulamento dava privilégio para o time de melhor campanha jogar por dois resultados iguais, faltava apenas um gol para o Grêmio conquistar o título. E ele veio, aos 39 minutos da etapa complementar, com chute forte de Aílton, indefensável para o arqueiro Clemer. Isso mesmo, a Lusa ficou a 6 minutos mais acréscimos da histórica conquista.
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| Aílton, observado por Paulo Nunes, sai para comemorar o gol que deu o título Brasileiro para o Grêmio (Foto: Agência Estado) |
Capitão, chegou a dizer em entrevista anos mais tarde, que via no semblante dos atletas gremistas o desânimo de quem já estava se conformando com a derrota. Mas por ironia do destino, o chute disferido por Aílton contrariou o que se via e selou um desfecho diferente para àquela magnífica história escrita pela Portuguesa.
Essa história tornou-se sim magnífica e não tirou de forma alguma os méritos daquele grupo, que passou por muitos obstáculos, se superou e por pequenos detalhes, não conquistou o Brasileirão daquele ano.
Mas a Lusa está de parabéns por essa grande campanha!
Referências:
1- <<Esquadrão Imortal - Portuguesa 1996>>. https://www.imortaisdofutebol.com/2017/09/11/esquadrao-imortal-portuguesa-1996/. Publicado em 11 de Setembro de 2017. Consultado em 04 de Novembro de 2018.
2- <<Campeonato Paulista de Futebol de 1995>>. https://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Paulista_de_Futebol_de_1995. Consultado em 04 de Novembro de 2018.
3- <<Campeonato Brasileiro de Futebol de 1995>>. https://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Brasileiro_de_Futebol_de_1995. Consultado em 04 de Novembro de 2018.


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